sábado, 4 de fevereiro de 2012

Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe.

Ferreira Gullarpseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís10 de setembro de 1930) é um poetacrítico de artebiógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.





Premiações 

Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.
Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal "Folha de São Paulo" no ano de 2005. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Foi agraciado com o Prémio Camões 2010.
Em 15 de outubro de 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa, na Faculdade de Letras da UFRJ.
Em 20 de outubro de 2011, foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Poesia.

Aqui ponho o poema que mais gosto de F. Gullar, Traduzir-se:


Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo. 

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão. 

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira. 

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta. 

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente. 

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem. 

Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?

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