domingo, 3 de março de 2013

Poemas Avulsos


A angustia me invade como se quisesse devorar-me com apenas uma garfada e me beber com um simples gole. Como se não bastasse estar entre a vida e a morte.
É um tanto difícil ser um cão, ainda mais um cão doente.
A cada pensamento ouço anjos cantando como pássaros dentro de uma gaiola choramingando um sonho liberdade como o estar em uma árvore qualquer, desde que seja alta o bastante. Se tivesse um copo beberia essas lágrimas que chorei e ainda as de minha mãe.
Mas sou pedra e pedra não chora apenas é lavada pela chuva a quem se banha no verão escaldante do agreste.
Sou mau e mal.
Sou chuva de verão e inverno escaldante.
Essa tal de angustia bate na minha janela todo dia, a conheci quando descobri que não sou nada.

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