Meu pai no fundo é um pássaro.
Sempre me conta sobre os ninhos feitos nos mais altos cumes às feitos nos topo das arvores. Costuma se sentar na varanda de casa e assovia querendo cantar com e como os pássaros.
Conta-me sobre os céus e seu criador a beleza do mar e o vento praiano, dos pássaros que migram no verão e do gado que morre na seca.
Homem de raça e construtor, meu caro João de barro ou Marcos de barro, marcas que um ouvido não esquece, dos assobios costumeiros que faz toda manha. Assobios de exuberância e alegria. Peito para dentro e uma pelagem esplendida.
Meu pai no fundo é um pássaro, um guia, uma águia forte com o coração de um simples pardal. Uma ponte de sonhos, uma ave acolhedora que leva comida pros filhotes.
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